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Educação Alternativa: as escolas democráticas e o unschooling

O mundo do ensino revela-se muito mais vasto do que se pensa. A educação tradicional continua a ter um peso significativo na sociedade. Neste tipo de ensino, privilegia-se uma aprendizagem passiva. 

Os alunos que integram esta educação que tem sido repetida ao longo de sucessivas gerações têm a missão de escutar atentamente a visão do professor sobre um determinado tema, existindo a responsabilidade de absorverem ao máximo as informações disponibilizadas pelo docente, sem existir muita participação ativa. 

Desta forma, o ensino dos assuntos é feito muito à base da dimensão teórica. Este método de ensino centra-se muito na repetição e na capacidade de memorização dos alunos. No modelo tradicional, todos os alunos aprendem o mesmo, em simultâneo, em turmas organizadas por idades. As crianças ficam sujeitas aos mesmos métodos de avaliação.

Contudo, a educação tradicional não é a única opção. As escolas democráticas e o unschooling revelam-se opções de uma educação alternativa cada vez mais procurada.

O que são escolas democráticas?

No ensino democrático, há a defesa que somente é necessário garantir um ambiente seguro para que cada criança desenvolva um conjunto de competências que permitirão que ela se torne num elemento ativo e bem integrado da sua comunidade. A sua aprendizagem é feita ao seu ritmo, sem pressões ou imposições. 

Nesta educação, defende-se o princípio de que todo o conhecimento verdadeiramente duradouro advém naturalmente do percurso de progresso desencadeado por cada aluno. Enquanto crescem, as crianças adquirirem conhecimentos com o tempo. Não é preciso forçá-las a fazê-lo. 

O professor não é encarado como uma fonte de conhecimento, sendo mais valorizadas as coisas que rodeiam o aluno e que compõem o ambiente. Nesse momento, o professor acompanha o aluno, apresentando um papel mais como guia ou consultor.

As escolas democráticas também promovem as “soft skills”. O desenvolvimento de competências sociais revela-se parte estruturante no processo de aquisição de qualquer competência. 

No “programa” deste tipo de ensino, a liberdade do currículo de cada estudante está devidamente prevista, sendo igualmente importante a organização democrática da comunidade escolar. 

Compreender o papel da democracia faz parte do processo de aprendizagem e tem um papel determinante neste tipo de ensino. Além dos trabalhos letivos, as crianças envolvem-se noutras atividades para contribuírem para o bom funcionamento da escola, nomeadamente na assembleia escolar. 

Nela são expostas as questões pertinentes do quotidiano da escola e os alunos votam. Também há uma “comissão de ajuda” para combater os casos de indisciplina que surjam.

O que é o unschooling?

O unschooling consiste numa filosofia educativa distinta que se destaca pela abordagem mais flexível e individualizada da aprendizagem. Portanto, revela-se uma alternativa ao ensino tradicional que respeita cegamente um currículo rígido e uma estrutura definida. 

No unschooling, as crianças emergem como aprendizes naturais. Há uma confiança nelas para orientarem a sua própria educação, seguindo livremente os seus interesses e paixões. Apesar de existirem também planos de aulas ou horários formais no unschooling, a aprendizagem realiza-se organicamente, com experiências quotidianas.

O impacto 

Embora o unschooling e as escolas democráticas impliquem lidar com desafios não significa que não sejam alternativas de valor para a sociedade. Será necessário ter consciência dos mesmos e trabalhar ao máximo para mitigá-los. 

O unschooling tem os seus desafios, como a socialização limitada e a dependência dos pais. As escolas democráticas também apresentam os seus desafios. Não é fácil garantir que os alunos recebem uma educação abrangente que cubra toda a aprendizagem que é considerada indispensável para o seu desenvolvimento único e holístico.

Ambas as visões de ensino servem como alternativa ao modelo tradicional que tem sido alvo de muitas críticas. No entanto, para os pais, que estão habituados a uma abordagem mais tradicional da educação, não é fácil encarar essa diferente abordagem. Existe a necessidade de impor uma mudança significativa de mentalidade. 

Embora as alternativas apresentem resultados distintos que podem variar, dependendo do rumo traçado por cada estudante, estes modelos de ensino fomentam uma aprendizagem mais significativa e adaptada às necessidades de cada aluno. 

Estas abordagens proporcionam às crianças um ambiente mais acolhedor, num contexto centrado no aluno, algo que promoverá efeitos positivos no bem-estar emocional dos alunos. 

As alternativas ao modelo tradicional de ensino revelam-se abordagens educacionais arrojadas que criam impactos significativos na formação dos alunos e na sociedade. 

Ambas as opções prometem transformar a educação e têm o potencial de preparar as crianças em adultos aptos para fazer a diferença num futuro mais dinâmico e colaborativo.

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