As vacinas consistem em medicamentos que são preparados a partir de agentes infeciosos (nomeadamente, vírus ou bactérias) ou a partir da informação genética apresentadas neles. Estas vacinas recomendadas para adultos visam estimular o corpo a responder imunologicamente contra uma ou contra um conjunto de doenças infeciosas.
No entanto, as vacinas contêm formas não infeciosas do agente patogénico. Por isso, elas não causam a doença, nem colocam a pessoa em risco de desenvolver complicações. A vacinação é fundamental, porque garante proteção da saúde pública. Ela permite prevenir diversas doenças transmissíveis de modo simples, eficaz e seguro. Quando boa parte da população toma as vacinas recomendadas existem diversos benefícios.
Este comportamento responsável de ser vacinado (adultos e crianças) contribui para a prevenção de doenças infeciosas individuais. Além disso, promove a formação de uma rede de imunidade que atua como um escudo invisível que protege toda a comunidade.
Embora existam vacinas destinadas a crianças, há maior rigor na vacinação dos mais novos, uma maior vigilância. Nos adultos, pode haver mais esquecimentos. No presente artigo, iremos listar algumas das vacinas recomendadas para adultos.
Vacinas recomendadas para adultos
Os adultos devem fazer por ter as vacinas em dia. Além das vacinas que se encontram previstas no Programa Nacional de Vacinação (PNV), a vacinação na idade adulta está dependente de certos fatores, nomeadamente da idade, das vacinas anteriores, do estado de saúde, do estilo de vida, da ocupação, dos destinos de viagem e da atividade sexual.
Existem vacinas que se recomendam, porque podem revelar-se decisivas na proteção da saúde. Por vezes, mesmo que o adulto tenha sido bem vacinado na infância, o seu corpo pode perder parte da capacidade para fabricar defesas com a passagem dos anos. As doses de reforço das vacinas estimulam novamente as defesas e garantem que a proteção seja preservada.
Vacina do tétano e difteria (Td)
Os adultos devem vacinar-se contra o tétano. A vacina do tétano é administrada em conjunto com a vacina da difteria (numa única injeção). Mesmo que se tenha sido vacinado na infância, é necessário fazer doses de reforço para o corpo ficar devidamente protegido.
Os reforços das vacinas contra o tétano e difteria (Td) devem ser feitos durante toda a vida. Eles devem ser realizados periodicamente aos 25, aos 45, aos 65 anos e, posteriormente, a cada 10 anos. Os adultos não vacinados contra o tétano devem iniciar esta vacina em qualquer idade.
Vacina da tosse convulsa (Tdpa)
As mulheres grávidas são vacinadas com uma dose única com esta vacina contra a tosse convulsa em cada gravidez que tenham ao longo da vida. A vacina deve ser administrada num tempo específico de gravidez.
A vacina da tosse convulsa deve ser tomada num espaço temporal situado entre as 20 e as 36 semanas de gestação, idealmente após a ecografia morfológica (recomendada entre as 20 e as 22 semanas) e antes das 32 semanas.
Vacina antigripal
Esta vacina tem a curiosidade de ser diferente a cada ano que passa. A proteção contra a gripe revela-se uma medida preventiva tremendamente eficaz.
A vacina antigripal permite impedir o surgimento de complicações em pessoas com mais de 65 anos de idade ou em pessoas que apresentem doenças crónicas (por exemplo, diabetes, asma, bronquite crónica ou doenças cardíacas, renais e hepáticas, entre outras).
Vacina anti-pneumocócica (Streptococcus pneumoniae)
Esta vacina também é administrada a maiores de 65 anos e também se destina a proteger pessoas com alguma doença crónica. Geralmente, a vacina anti-pneumocócica é tomada numa única dose, sendo uma forma de prevenir a pneumonia nas pessoas que a tomam.
Proteção contra a rubéola
As mulheres que desejam engravidar devem procurar garantir primeiro que se encontram devidamente protegidas contra a rubéola. A rubéola revela-se bastante perigosa numa mulher grávida, pois pode afetar gravemente o feto.
Vacina do HPV (vírus do papiloma humano)
A infeção pelo HPV afeta homens e mulheres. Esta infeção é responsável pelo aparecimento de lesões benignas, nomeadamente as verrugas anogenitais (condilomas) e vários cancros (por exemplo, colo do útero, da vagina, vulva, pénis e orofaringe).
É possível prevenir a infeção pelo HPV por via da vacinação. Esta vacina já se encontra incluída no PNV para todas as raparigas e todos os rapazes com 10 anos.
No entanto, a vacinação recomenda-se a mulheres ou homens até aos 26 anos que não a tenham feito previamente. Nas mulheres, também se recomenda a vacinação entre os 26 e os 45 anos, em casos individuais.
No caso de viagens
Presentemente, podemos recorrer a vacinas novas que não existiam num passado relativamente recente. Em circunstâncias especiais, como viagens, pode ser necessário tomar determinadas vacinas.
No caso de epidemias
Também pode ser preciso vacinar os adultos, caso surjam epidemias ou casos de doença no ambiente em que vive, acontece com a vacina da hepatite B, hepatite A ou meningite A+C. Também aconteceu recentemente com a Covid 19.
Efeitos secundários
Atualmente, as vacinas são bastante seguras. Contudo, podem existir alguns efeitos secundários. Em determinados casos, pode surgir febre e/ou dores musculares. A toma de analgésicos ou anti-piréticos irá fazer com que melhore.
As reações inflamatórias no local da injeção revelam-se os efeitos secundários mais comuns. No entanto, essas reações indesejadas tendem a desaparecer num par de dias. Colocar na área da vacina bastante frio revela-se uma medida que permite aliviar o desconforto.
Como foi referido, vacinar permite-nos estimular no nosso corpo a formação de «defesas», os chamados anticorpos, que permitem proteger o organismo de infeções. Em determinados casos, nomeadamente em doenças virais ou tétano, a vacina pode atuar contra uma doença para a qual não há tratamento.
No nosso país, a maioria das vacinas é gratuita. Além disso, as vacinas estão disponíveis para todos, o que se revela bastante benéfico. A vacinação funciona, sendo uma mais-valia para o bem-comum.
A vacina revela-se a forma mais eficaz de prevenir doenças em todas as fases da vida. Ela serve como um elemento determinante para a formação de uma rede de imunidade. Logo, a vacinação geral é fundamental para a saúde comunitária.