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Atividades físicas de alto impacto na adolescência ajudam a aumentar massa óssea

atividades físicas de alto impacto

Num estudo que envolveu 1.137 adolescentes, realizado por investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), concluiu-se que atividades físicas de alto impacto podem ajudar no aumento de massa óssea.

O ISPUP, numa nota publicada, na quarta-feira, dia 17, na página oficial da Universidade do Porto, afirma ter procurado, através deste estudo, averiguar o impacto deste tipo de exercício físico na densidade óssea ao longo do tempo.

Para a realização da investigação, o instituto recorreu à coorte EPITeen, avaliando, desta forma, 1.137 adolescentes (em dois momentos – 13 e 17 anos). Os jovens forneceram informações sobre que desporto praticavam e a densidade mineral óssea do osso do antebraço (rádio).

Segundo os investigadores, a recolha de dados nestas duas idades possibilitou a observação da “evolução de densidade óssea ao longo do tempo”, assim como o impacto deste tipo de atividades físicas.

O instituto acrescentou, ainda, que os adolescentes foram classificados em três grupos diferentes: 

  • Os que não praticavam nenhum exercício físico; 
  • Os que praticavam exercício de baixo impacto, como natação;
  • E os que praticavam exercício físico de alto impacto, como futebol.

A investigação concluiu que, nos rapazes, os que praticavam atividades físicas de alto impacto “apresentaram maior densidade mineral óssea do antebraço e tiveram também o maior aumento da densidade mineral óssea entre os 13 e os 17 anos”.

Já nas raparigas, “não foram observadas diferenças significativas” no decorrer do tipo de desporto praticado.

Os investigadores do ISPUP observaram, ainda, que o impacto destes exercícios não se manifesta apenas nos ossos diretamente sujeitos diretamente ao choque de cada atividade física, mas também “naqueles que não o são”.

A investigadora Elisabete Ramos, citada na publicação na página da Universidade do Porto, refere que as conclusões do estudo “suportam a hipótese de que o efeito do exercício físico na massa óssea não seja apenas localizado”.

Elisabete Ramos frisa, ainda, que “O exercício físico, em especial o de alto impacto, poderá ter um importante papel no desenvolvimento da densidade mineral óssea, ao longo da adolescência, e este efeito ocorre não só na zona específica de impacto da atividade praticada, promovendo a melhoria global dos níveis de massa óssea”.

O estudo foi financiado pela Fundação para a Ciências e a Tecnologia (FCT), através do Fundo Social Europeu, tendo sido intitulado de “The effect of impact exercise on bone mineral density: A longitudinal study on non-athlete adolescents”.

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Escrito por João Serra

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