De acordo com a NOS Lusomundo Audiovisuais, o realizador norte-americano Terry Gilliam estará em Portugal, em fevereiro, para a estreia do seu mais recente filme, “O homem que matou D. Quixote”, estando a estreia agendada para o dia 17.
“O homem que matou D. Quixote” é um projeto antigo do cineasta Terry Gilliam, tendo sido parcialmente filmado em Portugal e com coprodução entre Espanha, França, Bélgica, Reino Unido e Portugal, pela Ukbar Filmes.
No elenco, apresentam-se nomes como Jonathan Pryce, Jason Watkins, Adam Driver, Stellan Skarsgard e a portuguesa Joana Ribeiro.
Ao longo de várias décadas, a produção de “O homem que matou D. Quixote” sofreu diversas interrupções, com problemas com elenco e com financiamento, tendo sido descrito pela imprensa como um filme amaldiçoado.
Uma das polémicas mais recentes associada à obra de Terry Gilliam diz respeito a filmagens em 2017, no Convento de Cristo, em Tomar, nas quais terão ocorrido pequenos estragos no exterior dos edifícios.
Outra problemática gerada em torno do projeto, mostrando-se mais marcante para o desenvolver do mesmo, foi uma disputa legal sobre direitos do filme que durou vários anos, em França, Espanha e Reino Unido, que envolveu o produtor Paulo Branco e Terry Gilliam.
O português tinha assinado contrato para produzir o filme, em 2016, sendo que, no entanto, acabou por não dar certo. Terry Gilliam exigiu a anulação do contrato e seguiu a produção com diferentes nomes do Reino Unido, de França e da Espanha.
Já em 2019, Paulo Branco viu negados os direitos sobre o filme, pelo Tribunal de Propriedade Intelectual, tendo sido condenado pela justiça francesa a indemnizar os restantes produtores.
Entretanto, no decorrer das disputas legais, o filme teve estreia em 2018 no encerramento do festival de cinema de Cannes, em França, e foi tendo estreia comercial em vários países, chegando a 17 de fevereiro aos cinemas portugueses.
O cineasta Terry Gilliam, de 82 anos, é um dos fundadores de Monty Python e autor de várias longas-metragens desde a década de 1970, como “Monty Python e o cálice sagrado”, “Brasil” e “Os irmãos Grimm”.
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Escrito por João Serra