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Teatro em Lisboa: o que ver em abril?

Teatro em Lisboa: o que ver em abril?

Lisboa é uma cidade cheia de cultura e arte. Em abril, as salas de espetáculo da capital vão receber um generoso conjunto de peças de teatro. Descobre quais as melhores peças de teatro em exibição em Lisboa.

O mês de abril representa a liberdade e, neste ano — em que se assinalam os 50 anos da revolução dos cravos — várias salas de espetáculo em Lisboa vão servir de plataforma para que companhias de teatro, encenadores e atores expressem a sua liberdade.

Em Lisboa, não faltam opções para ir ao teatro, muitas delas com preços bem apetecíveis. Isto deve-se à grande competitividade entre companhias — tanto as históricas como as emergentes apresentam peças de elevada qualidade — e ao elevado número de encenadores e atores talentosos que tentam conquistar o seu espaço nos palcos da capital portuguesa. 

Por todas estas razões, e porque Lisboa não é só concertos, exposições e festivais, criámos uma lista com as melhores peças de teatro em exibição este mês nos vários palcos na cidade de Lisboa.

A Liberdade É Uma Maluca (3 a 21 de abril)

Em Portugal, o mês de abril tem uma aura especial e isso deve-se à Revolução dos Cravos que irrompeu no dia 25 de abril de 1974.

Então, a convite do Teatro do Bairro, em torno das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril, Hugo Mestre Amaro encenou A Liberdade É Uma Maluca. Amaro tomou uma perspetiva diferente às que normalmente estamos habituados a ver neste tema, já que, para ele, celebrar Abril não tem de significar “ter de contar uma história que já foi contada várias vezes antes”.

Assim, esta peça passa-se no 25 de Abril de 2024 e segue três irmãs — Maria da Liberdade, Liberdade Maria e Aurora da Liberdade — que celebram 50 anos de vida e de Revolução dos Cravos. Ao mesmo tempo que celebra o aniversário das três mulheres, pinta o retrato de uma família e de um país que cresceram juntos.

A Liberdade É Uma Maluca está em cena no Teatro do Bairro, entre 3 e 21 de abril (quartas e sextas às 21:30h, sábados e domingos às 18:00h) e tem um custo entre 6 e 15 €.

25 de Abril de 1974 (27 de abril)

Numa perspetiva totalmente diferente sobre o mesmo tema, Jorge Andrade encenou 25 de Abril de 1974. Esta peça, além de abordar todos os factos que garantiram a instauração da democracia, mostra os métodos de construção ficcional e de realidades manipuladas. 

De maneira que a revolução pareça a encenação de um artista, recriou a experiência do realizador inglês John Smith, em The Girl Chewing Gum, a partir de imagens do 25 de Abril de 1974.

25 de Abril de 1974 está em cena no MAAT Central, no dia 27 de abril (às 16:00h e 18:00h) e tem um custo de 15 €.

Guião Para Um País Possível (12 a 14 de Abril)

Passamos de duas peças que contam o 25 de abril, para outra que conta a história da nossa democracia, mais precisamente do nosso Parlamento português. 

Assim, com o objetivo de relatar os últimos 50 anos da democracia de forma autêntica, Sara Barros Leitão encenou uma peça a partir dos registos de debates, votações, avanços e recuos nos direitos laborais e sociais. 

A peça de teatro conta a história de dois funcionários do Parlamento português (interpretados por João Melo e Margarida Carvalho) que, a meio do hemiciclo, têm a missão de transcrever tudo o que ali é dito. 

Guião Para Um País Possível está em cena no Teatro do Bairro Alto, entre 12 e 14 de Abril (sexta e sábado às 19:30h, e domingos às 17:30h) e tem um custo de 12 €.

Aurora (11 a 27 de abril)

Ainda em torno das celebrações do 25 de abril, Juana Pereira da Silva encenou a peça de teatro Aurora baseada na obra Gente Comum: Uma História na PIDE, de Aurora Rodrigues. Neste propõe-se a contar a história desta mulher ativista política contra a ditadura. 

Em palco, duas atrizes dão corpo e voz a esta mulher que aos 21 anos foi detida pela PIDE e torturada durante três meses, na Prisão de Caxias. 

Aurora está em cena no Espaço Boutique da Cultura, entre 11 e 27 de abril (quintas e sábados às 21:00h) e tem um custo de 10 €.

Mães (até 28 de abril)

Mas abril não se limita à revolução dos cravos e à luta pela liberdade. Por isso, Ricardo Neves-Neves encenou o musical “Mães” que, tal como o nome indica, trata da maternidade. 

Este musical é uma adaptação do músical de Broadway Motherwood, the Musical (Sue Fabisch), que junta três mães e uma grávida num baby shower. Neste, as personagens protagonizadas por Ana Cloe, Gabriela Barros, Raquel Tillo e Tânia Alves partilham as partilham as experiências, desafios e prazeres da maternidade. 

Mães está em cena no Teatro Villaret, até 28 de abril (quintas e sábados às 21:00h, e domingos às 17:00h) e tem um custo de 20 €.

Leões (de 11 de abril a 4 de maio)

Esta peça de Pau Miró aborda os desequilíbrios das relações familiares e a agressividade e solidão gerados pelo crescimento em grandes cidades. 

Em Leões, encontramos um rapaz da zona alta que, certa noite, chega a uma lavandaria com uma camisa ensanguentada. A partir deste momento, a família de classe trabalhadora que gere o negócio vê as coisas — aquelas que nas famílias parecem nunca mudar — começarem a transformar-se repentinamente.

Leões está em cena no Teatro da Politécnica, de 11 de abril a 4 de maio (terças a quintas às 19:00h, sexta às 21:00h, e sábados às 16:00h e 21:00h) e tem um custo entre 6 e 10 €.    

Uma Vida no Teatro (até 26 de maio)

Encenada por Cleia Almeida, Uma Vida no Teatro centra-se na dinâmica, tanto dentro como fora de cena, entre dois atores que sobem ao palco.

Estes dois, um mais velho e o outro mais novo, têm dois olhares distintos sobre o teatro e a vida e sobre o que se ganha e o que se perde quando se vive durante muito tempo através das personagens.

Estes dois indivíduos, um mais velho e outro mais novo, possuem perspetivas diferentes sobre o teatro, a vida e as implicações de passar uma parte significativa da tua vida imerso em representações de personagens. 

Uma Vida no Teatro está em cena no Teatro Aberto, até 26 de abril (quartas e quintas às 19:00h, sextas e sábados às 21:30h, e domingos às 16:00h) e tem um custo entre 8,50 e 17 €.

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