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Como combater o presentismo na tua empresa

Como combater o presentismo na tua empresa

Conheces alguém que hesita em sair do local de trabalho antes dos parceiros porque parece mal sair antes dos outros? Então estás a lidar com um caso de presentismo.

O presentismo é um fenómeno no local de trabalho em que os trabalhadores passam mais tempo no local de trabalho do que é necessário, mesmo até quando se sentem doentes. Assim, embora o trabalhador esteja fisicamente presente, é menos produtivo. Enquanto o absentismo ocorre quando alguém chega atrasado, sai mais cedo ou falta ao trabalho, o presentismo é o oposto, como já mencionado. A pessoa está fisicamente no trabalho, por vezes até mais tempo, mas isso não significa que seja mais produtiva.

No passado, o absentismo era considerado um fator de perda significativa para as organizações. No entanto, o custo do presentismo para as organizações é quase 10 vezes superior ao do absentismo. Embora não exista um método para avaliar o presentismo, a Harvard Business Review estima que este custa mais de 150 mil milhões de dólares anuais em perda de produtividade.

Razões que levam ao presentismo

Apesar de muitos empregadores implementarem horários de trabalho flexíveis e programas de bem-estar, o presentismo persiste. Uma das razões é o facto de os trabalhadores recearem perder o emprego ou perder oportunidades de progressão na carreira. Outra razão para o presentismo é o receio de ficarem para trás no seu volume de trabalho. 

Pior ainda, algumas empresas criam a expetativa de que o trabalho é mais importante do que o bem-estar. Estas culturas de trabalho tóxicas pressionam os trabalhadores a atingir níveis elevados de desempenho com recursos limitados, independentemente de como se sentem física ou mentalmente.

Porque o presentismo é mau para o trabalho?

O presentismo tem um impacto negativo nas empresas.  De uma forma geral, engloba a falta de motivação, a frustração com a entidade patronal e/ou função e a dificuldade de relacionamento com os colegas de trabalho.

Os consequentes níveis mais elevados de desespero e desmotivação levam a uma menor compreensão dos objetivos do trabalho e a uma diminuição da produtividade. No que diz respeito à saúde, o presentismo pode contribuir para o aumento dos níveis de stress e ansiedade e, em casos mais graves, para a depressão. Além disso, quando os trabalhadores vêm trabalhar doentes, põem em risco a saúde dos seus colegas, aumentando o risco de transmissão de doenças.

Como evitar o presentismo na tua organização?

1. Alerte os gestores para estarem atentos 

Uma forma de reduzir o presentismo é formar os gestores para identificarem os primeiros sinais de alerta de esgotamento, para que possam intervir o mais cedo possível. Incentive os supervisores a terem conversas honestas. Desta maneira, ao promover uma comunicação aberta, é mais provável que os funcionários confiem nos seus parceiros do que sofram em silêncio.

2. Ofereça benefícios generosos 

É mais provável que os funcionários vão para o trabalho doentes se não tiverem remuneração por baixa médica suficiente.

Para evitar isso, ofereça aos trabalhadores um pacote generoso de benefícios para que não tenham de se preocupar com perdas salariais. O trabalho flexível é outro benefício que é especialmente útil para os pais com filhos.

3. Ajuda os empregados a gerir a carga de trabalho 

Para evitar o esgotamento dos empregados, cabe aos supervisores ajudar as equipas a gerir a sua carga de trabalho. Seja claro e transparente quanto aos projetos prioritários e desincentive a realização de tarefas múltiplas. Vê aqui algumas dicas para cumprir prazos no trabalho.

Além disso, mantenha uma política de porta aberta. Isto é, permitir que o contactem diretamente para obter orientação.

4. Dá o exemplo

Se a política da sua empresa afirma que o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é uma prioridade, mas depois obriga os funcionários a enviar e-mails às 2 da manhã de um domingo, então está a enviar mensagens contraditórias. Esta abordagem mostra à equipa o seu empenho no bem-estar dos empregados, fazendo com que se sintam valorizados e trabalhem com mais motivação.

5. Cria um ambiente de trabalho orientado para os resultados

Numa cultura de trabalho que se centra nos resultados e não no local e nas horas trabalhadas, os trabalhadores têm mais controlo sobre a sua carga de trabalho. Isto porque, em vez de se concentrarem no número de horas trabalhadas ou na presença física, os empregadores responsabilizam os trabalhadores pela obtenção de resultados mensuráveis. Consequentemente, os trabalhadores não sentem que têm de estar presentes quando não se sentem.

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